A
disciplina de Biologia, campo das ciências naturais, que estuda o comportamento
dos organismos, seja de forma individual ou em seu coletivo, de acordo com os
níveis de organização, tem como foco principal o estudo de cada espécie, animal
ou vegetal, observada como um agente ativo e passivo integrante do meio
ambiente. Nesse sentido, a compreensão da biologia como estudo da vida, nos
revela a essência de um equilíbrio envolvendo os padrões do funcionamento
orgânico, (considerando a diversidade das espécies) e os fatores puramente
físico-químicos. Esse último, regendo os mecanismos de existência, manutenção e
propagação dos seres vivos, cada um, inserido no tempo e no espaço específico.
Assim,
o entendimento dos princípios biológicos pode ajudar a lidar de forma mais
relacionada, à abrangência das relações harmônicas e desarmônicas quando em
conjunto com o meio biótico e abiótico. Dessa forma, a visão de ciência
transmitida aos níveis de ensino: fundamental e médio necessita explorar os
conteúdos de forma mais didática possível, aproximando os conteúdos à realidade
dos alunos. Assuntos que envolvem aspectos em escala microscópica, por exemplo,
o estudo molecular do material hereditário (o DNA) e até mesmo a importância de
seres tão pequenos como as bactérias, devem ser explicadas atendendo a ótica
minuciosa da matéria, tornando-se visíveis a todas as formas de percepção por
parte do educando. O educador, mesmo contra o tempo, carência de recursos e
demais condições em oposição, precisa de forma criativa trabalhar com mais
ênfase a ciência (FONSECA, 2014).
A
diversificação dos métodos no ensino da biologia se torna bastante importante, pois
o professor tem o objetivo de fazer com que os alunos tenham a curiosidade de
saber mais sobre o conteúdo visto em uma aula expositiva. Os métodos são como
estratégias utilizadas pelos docentes para tornar os encontros mais dinâmicos.
Os discentes devem conhecimento sobre o conteúdo, e não decora-lo para fazer
uma prova. O sistema de educação muitas vezes não oferece a todas as escolas
uma boa infraestrutura, equipamentos ou ate mesmo um suporte para que o
professor possa utilizar como beneficio tornando suas aulas mais atrativas aos
olhos dos alunos.
Pode-se
dizer que a assimilação dos conceitos científicos se baseia igualmente nos
conceitos elaborados no processo da própria experiência da criança, como no
estudo de uma língua estrangeira se baseia na semântica da língua materna
(...); de igual maneira, a assimilação do sistema de conhecimentos científicos
também não é possível senão através dessa relação imediata com o mundo dos
objetos, senão através de outros conceitos anteriormente elaborados (VIGOTSKY,
2000, p. 269).
De
acordo com Vigotsky (2000), pode-se observa a importância dos métodos
biológicos, pois os conceitos científicos não são assimilados, nem decorados,
nem memorizados, eles surgem e se constituem por meio de uma imensa tensão de
toda a atividade do próprio pensamento. Por isso, é possível dizer que os
conceitos científicos se tornam diferentes a parti da experiência individual de
cada aluno.
A
experiência como docente permite afirmar que os estudantes têm formas
diferentes de se relacionar com o estudo dos conteúdos. Há os que se preocupam
apenas com os resultados de seus estudos traduzidos pelas notas ou conceitos.
Estes se relacionam de forma superficial com os conteúdos. Há também, os que
buscam esclarecimentos profundos com o estudo e passam a analisá-lo para
atingir uma visão ampla do conhecimento. De acordo com o exposto, Krasilchik
(2005, p.12), descreve quatro níveis de alfabetização biológica, Em primeiro
temos a nominal que é quando o estudante reconhece os termos, mas não sabe seu
significado biológico.
Em
segundo temos a Funcional, quando os termos memorizados são definidos
corretamente, sem que os estudantes compreendam seu significado. A estrutural
ocupa o terceiro lugar que é quando os estudantes são capazes de explicar
adequadamente, em suas próprias palavras e baseando-se em experiências
pessoais, os conceitos biológicos. E por fim a multidimensional - quando os
estudantes aplicam o conhecimento e habilidades adquiridas, relacionando-as com
o conhecimento de outras áreas, para resolver problemas reais (ROSSASI et al,
2012).
Existem
várias formas e metodologias que o professor pode utilizar em suas aulas. Neste
contexto, e de acordo com as necessidades e exigências da prática docente,
dependendo das condições da escola e do interesse de seus alunos, o docente
selecionará a modalidade didática mais adequada para aquela situação/conteúdo.
Entende-se que o processo ensino-aprendizagem é dinâmico e coletivo exigindo
por isso, parcerias entre professor e o aluno e aluno e aluno. Para estabelecer
estas relações dialógicas, o professor poderá optar por várias modalidades
didáticas que permitem esse tipo de interação.
As
aulas expositivas é um método muito importante, porem exige do aluno muita
calma e concentração, poucos conseguem absorver o conteúdo com esta
metodologia. Segundo Krasilchik (2005), Os professores não estabelecem relações
causais. Apresentam fatos sem justificá-los e sem explicar como se chegou a
eles, o que afasta ainda mais a modalidade didática do objetivo de ensinar a
pensar lógica e criticamente. Centralizar a aula num problema é uma das formas
de intensificar a participação intelectual dos alunos, que acompanham as
alternativas de solução propostas pelo expositor (KRASILCHIK, 2005, p. 80). O
docente deve utilizar este método não deixando de lado outros que existe para
tornar a aula mais dinâmica.
As
discursões em sala de aula devem ser utilizadas pelo docente, com o objetivo de
alertar, discutir, questionar um tema proposto pelo mediador da discursão, o
professor. Torres fez a seguinte afirmação: Uma das ideias centrais que elas
encerram é a de que o conhecimento é construído socialmente, na interação entre
pessoas e não pela transferência do professor para o aluno. Portanto rejeitam
fortemente a metodologia de reprodução do conhecimento, que coloca o aluno como
sujeito passivo no processo de ensino-aprendizagem. (TORRES et al, 2007, p.65).
As
aulas práticas são de grande importância na compreensão de conteúdos como na
citologia onde os alunos estudam os componentes que fazem parte de uma célula,
como a membrana plasmática e suas organelas. O professor pode utilizar esta
metodologia para apresentar os alunos uma serie de imagens vistas em
microscópio, seja em um laboratório ou em campo, a biologia esta presente em
todos os lugares, é dever do docente utilizar as aulas praticas para auxiliar
para se ter conhecimento. As escolas possuem tecnologias, algumas simples
outras um pouco mais complexas. As
mídias também são de extrema importância para o aprendizado dos alunos, pois a
educação utiliza a tecnologia para passar conhecimento, seja através de um
vídeo, áudio ou ate mesmo a própria internet.
Portanto
as metodologias de ensino é uma forma de deixar as aulas interativas e mais
dinâmicas, face ao exposto percebemos que o professor pode utilizar vários
métodos pra aprofundar o conhecimento dos alunos através de conceitos e
técnicas citadas acima. A biologia é uma ciência rica, e deve ser explorada de
forma minuciosa, atraindo o público e despertando a curiosidade. A educação
busca orientar e formar profissionais que tenham esse perfil de se adequar as
necessidades dos alunos e a escola onde o mesmo trabalha. É lamentável que
algumas escolas não ofereçam um laboratório equipado ou até mesmo equipamentos
de mídia para auxiliar no aprendizado dos discentes. Mas o professor de
biologia deve quebrar paradigmas impostos pelo sistema, e diversificar os
métodos no ensino da biologia, dando assim um suporte maior aos alunos, com o
objetivo de deixar as aulas, mas divertidas, e que os educandos possam aprender
de forma dinâmica e compreensível.
Referências Bibliográficas:
FONSECA,
Krukemberghe. Estratégias de Ensino:
Biologia. Disponível em:
<http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/biologia.htm>.
Acesso em: 07 dez. 2014.
VIGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução:
Paulo
Bezerra. - São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 269.
ROSSASI,
Lucilei Bodaneze; POLINARSKI, Celso Aparecido. Reflexões sobre
metodologias para o ensino de biologia: uma perspectiva a partir da
pratica docente. 2012. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/491-4.pdf>.
Acesso em: 08 dez. 2014.
KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. 4ª ed. ver. e amp.,1ª reimp.
-
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
TORRES, P. L. e MARRIOTT, R. de C. V.
Mapas Conceituais. In TORRES,
P.
L. (Org.). Algumas vias para Entretecer o
Pensar e o Agir. Curitiba: SENARPR,
2007.
Adorei.. Parabéns!
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