quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A importância da diversificação dos métodos de ensino em Biologia

            A disciplina de Biologia, campo das ciências naturais, que estuda o comportamento dos organismos, seja de forma individual ou em seu coletivo, de acordo com os níveis de organização, tem como foco principal o estudo de cada espécie, animal ou vegetal, observada como um agente ativo e passivo integrante do meio ambiente. Nesse sentido, a compreensão da biologia como estudo da vida, nos revela a essência de um equilíbrio envolvendo os padrões do funcionamento orgânico, (considerando a diversidade das espécies) e os fatores puramente físico-químicos. Esse último, regendo os mecanismos de existência, manutenção e propagação dos seres vivos, cada um, inserido no tempo e no espaço específico.
            Assim, o entendimento dos princípios biológicos pode ajudar a lidar de forma mais relacionada, à abrangência das relações harmônicas e desarmônicas quando em conjunto com o meio biótico e abiótico. Dessa forma, a visão de ciência transmitida aos níveis de ensino: fundamental e médio necessita explorar os conteúdos de forma mais didática possível, aproximando os conteúdos à realidade dos alunos. Assuntos que envolvem aspectos em escala microscópica, por exemplo, o estudo molecular do material hereditário (o DNA) e até mesmo a importância de seres tão pequenos como as bactérias, devem ser explicadas atendendo a ótica minuciosa da matéria, tornando-se visíveis a todas as formas de percepção por parte do educando. O educador, mesmo contra o tempo, carência de recursos e demais condições em oposição, precisa de forma criativa trabalhar com mais ênfase a ciência (FONSECA, 2014).
            A diversificação dos métodos no ensino da biologia se torna bastante importante, pois o professor tem o objetivo de fazer com que os alunos tenham a curiosidade de saber mais sobre o conteúdo visto em uma aula expositiva. Os métodos são como estratégias utilizadas pelos docentes para tornar os encontros mais dinâmicos. Os discentes devem conhecimento sobre o conteúdo, e não decora-lo para fazer uma prova. O sistema de educação muitas vezes não oferece a todas as escolas uma boa infraestrutura, equipamentos ou ate mesmo um suporte para que o professor possa utilizar como beneficio tornando suas aulas mais atrativas aos olhos dos alunos.
            Pode-se dizer que a assimilação dos conceitos científicos se baseia igualmente nos conceitos elaborados no processo da própria experiência da criança, como no estudo de uma língua estrangeira se baseia na semântica da língua materna (...); de igual maneira, a assimilação do sistema de conhecimentos científicos também não é possível senão através dessa relação imediata com o mundo dos objetos, senão através de outros conceitos anteriormente elaborados (VIGOTSKY, 2000, p. 269).
            De acordo com Vigotsky (2000), pode-se observa a importância dos métodos biológicos, pois os conceitos científicos não são assimilados, nem decorados, nem memorizados, eles surgem e se constituem por meio de uma imensa tensão de toda a atividade do próprio pensamento. Por isso, é possível dizer que os conceitos científicos se tornam diferentes a parti da experiência individual de cada aluno.
            A experiência como docente permite afirmar que os estudantes têm formas diferentes de se relacionar com o estudo dos conteúdos. Há os que se preocupam apenas com os resultados de seus estudos traduzidos pelas notas ou conceitos. Estes se relacionam de forma superficial com os conteúdos. Há também, os que buscam esclarecimentos profundos com o estudo e passam a analisá-lo para atingir uma visão ampla do conhecimento. De acordo com o exposto, Krasilchik (2005, p.12), descreve quatro níveis de alfabetização biológica, Em primeiro temos a nominal que é quando o estudante reconhece os termos, mas não sabe seu significado biológico.
            Em segundo temos a Funcional, quando os termos memorizados são definidos corretamente, sem que os estudantes compreendam seu significado. A estrutural ocupa o terceiro lugar que é quando os estudantes são capazes de explicar adequadamente, em suas próprias palavras e baseando-se em experiências pessoais, os conceitos biológicos. E por fim a multidimensional - quando os estudantes aplicam o conhecimento e habilidades adquiridas, relacionando-as com o conhecimento de outras áreas, para resolver problemas reais (ROSSASI et al, 2012).
            Existem várias formas e metodologias que o professor pode utilizar em suas aulas. Neste contexto, e de acordo com as necessidades e exigências da prática docente, dependendo das condições da escola e do interesse de seus alunos, o docente selecionará a modalidade didática mais adequada para aquela situação/conteúdo. Entende-se que o processo ensino-aprendizagem é dinâmico e coletivo exigindo por isso, parcerias entre professor e o aluno e aluno e aluno. Para estabelecer estas relações dialógicas, o professor poderá optar por várias modalidades didáticas que permitem esse tipo de interação.
            As aulas expositivas é um método muito importante, porem exige do aluno muita calma e concentração, poucos conseguem absorver o conteúdo com esta metodologia. Segundo Krasilchik (2005), Os professores não estabelecem relações causais. Apresentam fatos sem justificá-los e sem explicar como se chegou a eles, o que afasta ainda mais a modalidade didática do objetivo de ensinar a pensar lógica e criticamente. Centralizar a aula num problema é uma das formas de intensificar a participação intelectual dos alunos, que acompanham as alternativas de solução propostas pelo expositor (KRASILCHIK, 2005, p. 80). O docente deve utilizar este método não deixando de lado outros que existe para tornar a aula mais dinâmica.
            As discursões em sala de aula devem ser utilizadas pelo docente, com o objetivo de alertar, discutir, questionar um tema proposto pelo mediador da discursão, o professor. Torres fez a seguinte afirmação: Uma das ideias centrais que elas encerram é a de que o conhecimento é construído socialmente, na interação entre pessoas e não pela transferência do professor para o aluno. Portanto rejeitam fortemente a metodologia de reprodução do conhecimento, que coloca o aluno como sujeito passivo no processo de ensino-aprendizagem. (TORRES et al, 2007, p.65).
            As aulas práticas são de grande importância na compreensão de conteúdos como na citologia onde os alunos estudam os componentes que fazem parte de uma célula, como a membrana plasmática e suas organelas. O professor pode utilizar esta metodologia para apresentar os alunos uma serie de imagens vistas em microscópio, seja em um laboratório ou em campo, a biologia esta presente em todos os lugares, é dever do docente utilizar as aulas praticas para auxiliar para se ter conhecimento. As escolas possuem tecnologias, algumas simples outras um pouco mais complexas.  As mídias também são de extrema importância para o aprendizado dos alunos, pois a educação utiliza a tecnologia para passar conhecimento, seja através de um vídeo, áudio ou ate mesmo a própria internet.
            Portanto as metodologias de ensino é uma forma de deixar as aulas interativas e mais dinâmicas, face ao exposto percebemos que o professor pode utilizar vários métodos pra aprofundar o conhecimento dos alunos através de conceitos e técnicas citadas acima. A biologia é uma ciência rica, e deve ser explorada de forma minuciosa, atraindo o público e despertando a curiosidade. A educação busca orientar e formar profissionais que tenham esse perfil de se adequar as necessidades dos alunos e a escola onde o mesmo trabalha. É lamentável que algumas escolas não ofereçam um laboratório equipado ou até mesmo equipamentos de mídia para auxiliar no aprendizado dos discentes. Mas o professor de biologia deve quebrar paradigmas impostos pelo sistema, e diversificar os métodos no ensino da biologia, dando assim um suporte maior aos alunos, com o objetivo de deixar as aulas, mas divertidas, e que os educandos possam aprender de forma dinâmica e compreensível.
Referências Bibliográficas:

FONSECA, Krukemberghe. Estratégias de Ensino: Biologia. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/biologia.htm>. Acesso em: 07 dez. 2014.
VIGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução:
Paulo Bezerra. - São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 269.
ROSSASI, Lucilei Bodaneze; POLINARSKI, Celso Aparecido. Reflexões sobre metodologias para o ensino de biologia: uma perspectiva a partir da pratica docente. 2012. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/491-4.pdf>. Acesso em: 08 dez. 2014.
KRASILCHIK, M. Práticas de Ensino de Biologia. 4ª ed. ver. e amp.,1ª reimp.
- São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
TORRES, P. L. e MARRIOTT, R. de C. V. Mapas Conceituais. In TORRES, P.
L. (Org.). Algumas vias para Entretecer o Pensar e o Agir. Curitiba: SENARPR,

2007.

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